O Babaca - (Zupo/Alpendre/Janson) - Uma Banda Chamada Z
Lá vem o babaca, o passo cheio de razão Com a certeza da vida Incontestável, inquestionável, indiscutível, inflamável Vem desfilando essa certeza, essa ilusão mais larga que a avenida Vem arrastando, atropelando Mascara a dor e a frustração Lá vem o babaca, o passo cheio de razão Com a certeza da vida Incontestável, inquestionável, indiscutível, inflamável E eu nem sei porquê te odeio E nem sei se tem de ser Quem sabe seja porque eu vejo em mim o que há em você Aprendeu o que chama de revolução Não leu nem uma linha Tão bonita e tão mal escrita a vida em que ele acredita Tão raso é o passo simples da certeza E do silêncio à fúria Desejo irresistível de calar qualquer outra voz E eu nem sei porquê te odeio E nem sei se tem de ser Quem sabe seja porque eu vejo em mim o que há em você Lá vem de novo esse babaca com a razão e a certeza da vida E a certeza da vida E a certeza da vida E a certeza da vida E a certeza? Eu sei Eu Uma Banda Chamada Z Xando Zupo - Guitarra Ricardo Alpendre - Vocal Renato Panda - Baixo Ivan Scartezini - Bateria Gravado no período entre julho e agosto de 2020 no @Orra Meu Estúdios e no Family Music Produções. Produtor Musical: Nando Vieira e Xando Zupo Engenheiro de mixagem: Nando Vieira Engenheiro de Master: Nando Vieira Engenheiro de gravação: Gustavo Barcellos Vídeo Ilustrações - Melissa Lagôa Instagram - @mel_lagoa @mellagoa Edição - Xando Zupo #umabandachamadaz #xandozupo #ricardoalpendre #ivanscartezini #renatopanda #rockbrasileiro #rockbrazuca #hardrock #bluesy #PXandoZsidesZupo #obabaca #babacaquarta-feira, 21 de setembro de 2022
segunda-feira, 12 de julho de 2021
Faixa a Faixa nº 11 - "Big Balls Vol1" faz 25 anos e resgata faixa inédita
O "Faixa a Faixa" nº11 é diferenciado. Um Lançamento.
É após tocar minha guitarra junto ao disco inteiro do Big Balls que inicio essas linhas para falar sobre esse "resgate" ou lançamento inédito da banda, nascida em 88 e hibernada em 2001.
Nesse ano, 2021, com características as quais nunca esperamos ver ou viver mas esperamos sim, sobreviver já se passaram vinte e cinco anos desde que aquela encarnação da banda gravou o único álbum, propriamente dito, Vol 1, para a East West/Warner no Mosh estúdios.
Naquele momento, 1996, a banda existia há oito anos e muita gente que eu considero extremamente talentosa havia já vestido a camisa e gritado esse papo de "culhões", como o nome exige, e ainda que a inspiração tenha sido uma faixa do AC/DC, acabou por abraçar essa ideia que pode soar machista para os padrões atuais mas definia e mais que nunca define muito bem o que é necessário para navegar esses mares do Rock Brasuca, contra tudo o que era esperado de nós, então tão jovens, quando empunhamos um instrumento pela primeira vez. Toda essa galera só queria uma coisa, viver e de preferência à mil por hora. Rock'n Roll, palco, volume, festa, botar pra fora aos berros o que amava e também o que odiava. Os dias eram assim.
Os anos de 1994 e 1995 haviam sido anos de reconstrução da banda, que eu iniciei em 1988 paralelamente à minha participação no Harppia (quem não conhece, procure saber sobre uma das bandas pioneiras de Heavy Metal brasileiro). Após alguns anos de Big Balls tocando covers de Hard Rock pela noite e com uma fita demo de 4 músicas lançada em 1989 era hora de reformular e aproveitar o primeiro estúdio que montei, para ensaios, na aclimação em SP e minha primeira "máquina" de gravação, um Tascam K7 de 4 pistas. Para isso o Big Balls tinha de deixar de ser a banda onde eu desopilava o fígado, ou destruía-o; enquanto navegava no Harppia e na Patrulha do Espaço onde gravei o LP Primus Inter Pares em 1992; e passar então a ser a minha banda principal e autoral.
A primeira tentativa desse plano, assim que montei o estúdio em 94, foi com 3 antigos companheiros que se misturavam entre o Big Balls e o Nexus 6 nos anos anteriores. Rogério Fernandes, Renato Panda Gonçalves e José Luiz Rapolli. Como absolutamente toda banda que se inicia ou reinicia, nunca ou raramente a primeira formação se mantém, sempre vai se peneirando até que se estabeleça um time. Essa peneira em casos como esse onde todos já se conhecem e sabem de suas capacidades tem relação com o momento da vida de cada um (disponibilidade, foco no mesmo objetivo, vontade de fazer) e o primeiro a não ficar foi o Rogério Fernandes, que estava em outros projetos (creio que já envolvido no início do Noni Brothers, banda a qual tocou por vários anos junto a grandes músicos e amigos).
Big Balls Julho 1995 Centro Cultural Vergueiro SP Ackua / Xando Zupo / Pedro Crispi / Alex Soares
A partir desse momento o movimento que levou o Big Balls a frente se inicia. O retorno do Ackua aos vocais da banda é um capítulo especial nessa história já que além de ter sido o primeiro vocalista, ter feito inúmeros shows entre 88 e 90, gravado a até então única demo tape nossa, havia sido nos 80's um tremendo companheiro de sons, sonhos, composições e baladas intermináveis pela noite paulistana. O retorno dele, sendo um cara que sempre esteve envolvido em composições, além de termos uma enorme afinidade de influências no Hard Rock 70's e 80's foi um tremendo impulso para desenvolvermos nos meses seguintes provavelmente uma dúzia de músicas novas, várias delas lançadas em nossa segunda Demo Tape, com capinha contendo fotos e informações, distribuída e vendida em shows que fizemos durante esse período, então já com Pedro Crispi no baixo e Alex Soares na bateria, ambos os quais tiveram papel também fundamental no desenvolvimento desse material. Três das músicas que foram gravadas no álbum no ano seguinte já com os vocais de Paulo de Tharso (R.I.P.), foram lapidadas e reescritas, mas vieram diretamente dos ensaios nesse período onde as canções ainda eram em inglês.
Não vou nesse texto discorrer por todo o processo de gravação ou a história da banda, penso que já falei bastante sobre o tema pelo site/blog e em alguns vídeos e entrevistas, vamos à canção.
"Hora de dizer adeus", originalmente "Hora da gente se cruzar" era, ou melhor é, uma canção do Ackua que nos apresentou-a em violão e foi arranjada pela banda durante a transição de repertório em inglês para português e durante as últimas semanas dele nos vocais do Big Balls. Um dos "blues" mais legais daqueles temas que ele trazia acústicos, (coloco Blues entre aspas pois a vejo muito mais como fruto das influências R&B do Ackua do que um blues raiz. Be My Woman, gravada em meu disco "I Got My Own World To Live" é outro bom exemplo dessas composições nascidas a partir do violão dele).
Vale um adendo à esse texto de que esse lançamento aqui do site trata-se de uma "memorabília", curiosidade e um fato inusitado da história da banda já que provavelmente haverão as duas versões da música. Ackua está preparando um Blues álbum onde oficialmente a canção em seu formato original deverá ser gravada e lançada.
Sendo assim teremos a história de uma música que não só possui letras diferentes, mas temas antagônicos (entre o "Olá" do Ackua e o "Adeus" de Tharso), entre a leveza das letras pop nas quais o Ackua trafega tão bem e a densidade e dramaticidade onde Paulo de Tharso nadava de braçada. Inacreditavelmente serão os dois (no caso da versão lançada aqui pelo Big Balls) parceiros acidentais temperando essa faixa, sem nunca terem se encontrado para esse fim ou ao menos falado sobre o tema.
Ocorre que quando Ackua deixou a banda já estávamos em tratativas com a Ralf produções para um possível álbum via Wea East West e distribuição da Continental, ainda que tivéssemos o nome do Paulo como uma grande possibilidade de agregar letras e a dramaticidade, que particularmente eu sempre busco, Ralf nos propôs que fizéssemos dois dias de testes com possíveis nomes para ocupar o posto e sendo assim uma fita K7 com 2 ou 3 das faixas em que estávamos trabalhando nos ensaios em meu estúdio foi enviada aos cantores que escolhemos e achávamos que poderiam ocupar o posto.
Vale dizer que o Paulo e eu já havíamos trabalhado juntos 2 anos antes em um "Alter Ego" do Big Balls chamado "Bagus Plenus" (referência que retirei do livro "Os Carbonários" de Alfredo Sirkys), de onde veio também uma das faixas gravadas no álbum do Big Balls, "A Arma e a Flôr", e naquele momento em que ele ainda cantava na banda "A Casa Caiu" desenvolvemos esse trabalho que começou como acústico e se transformou em banda ao agregar Norton Lagôa no Baixo e Fernando Rapolli na bateria, já que não haviam condições para que ele entrasse no Big Balls e eu ainda estava na Patrulha do Espaço, sendo assim é claro que havia um elemento a mais nessa possível vinda dele para o Big Balls, ainda assim fizemos as audições de coração e ouvidos abertos para vários grandes cantores que só foram contatados por serem claramente talentosos mas uma banda carece de algo acima ainda do talento, a química. Grandes bandas com músicos magníficos naufragaram pelo excesso de informação e falta de química.
Voltando ao tema, Paulo recebeu a fita K7 e agiu como as boas histórias acontecem...colocou seu tempero. Não só apareceu e cantou maravilhosamente mas surgiu com outras letras disparando por cima das canções que estávamos trabalhando. Claro que ele sabia bem o que estava fazendo e em sua mistura de ego (na acepção sadia do termo) e respeito, havia nos perguntado dias antes se poderia mexer um pouco nas letras para o teste e é claro, é óbvio que eu permiti, afinal sabia de quem se tratava e que viriam coisas sensacionais dali.
Sendo assim chegamos à "Hora de Dizer Adeus" naquela tarde de outubro de 1995 no estúdio do Fábio Cirello da banda Rock Memory e essa é uma das fitas remasterizadas para esse momento de 25 anos do álbum. Nosso amigo e um dos grande produtores Brasucas Nando Vieira remasterizou duas versões achadas em K7 no meu baú. A primeira é exatamente o dia das audições e por isso Paulo diz seu nome antes de cantar, para que quando ouvissem as fitas na produtora soubessem quem era o cantor. A segunda versão já é uma pré produção, também ao vivo, no estúdio Bom Som, do amigo Burú, e além de ter um áudio melhor preservado, conta com o Paulo já totalmente agregado ao time e a banda tocando mais desenvolta uma faixa que críamos que iria para o álbum.
Infelizmente não aconteceu assim. Coisas da vida e do Rock.
Existem duas outras faixas no álbum assinadas em parceria com o Ackua, (Balacobaco e O Anel de Zapata), porém essa faixa em questão naquele momento não teve o aceite do Ackua para que fosse gravada com a letra do Paulo pois ele tinha a intenção de gravá-la com a letra original e a queria guardar para esse fim, ao mesmo tempo nós estávamos com a nova versão totalmente agregada ao material que seria gravado e à vibe do álbum, sendo assim, a deixamos de lado.
Confesso que foi bastante frustrante não gravá-la, poderia ter sido uma das grandes faixas do álbum mas sempre compreendi a posição do Ackua, afinal é uma filha direta dele, ainda que, aqui, arranjada pelo Big Balls.
Agradeço do fundo do coração ao Ackua por ter autorizado esse "resgate e memorabília" da história do Big Balls, por poder apresentar essa faixa às pessoas que acompanharam a banda naqueles tempos e que acompanham de alguma forma meus trabalhos durante todos esses anos, especialmente por poder trazer à tona a voz e interpretação nitidamente à flor da pele de um grande amigo e companheiro da música que estará eternizado enquanto houverem ouvidos para as canções, Paulo de Tharso (D.E.P.).
Big Balls em novembro de 2021 completaria 33 anos, completa agora 25 do lançamento do álbum e vive eterno no meu coração, lembranças, histórias e quem sabe, como tudo que se rega nunca morre...
A Hora de Dizer Adeus pode ser também A Hora da gente se Cruzar.
Boa audição.
Big Balls Novembro 1995 - Paulo de Tharso / Xando Zupo / Pedro Crispi / Alex Soares
Abaixo, as duas versões em vídeo e links do Soundcloud (Em Breve) para baixar o mp3 para quem quiser.
Espalhem, amigos. Espalhem a canção por aí. Música é feita para se ouvir.
Muito Obrigado. Longa vida a todos. Cuidem-se bem.
Estreia - 13/07/2021 - Youtube 23:45
Versão 2 - Novembro de 1995 - Estúdio Bom Som (Burú) - Aqui a banda já mais ensaiada e uma pequena mudança na letra (de "Fico sozinho com o universo inteiro" para "Fico sozinho com esse nó no peito", eu prefiro "com o universo inteiro"), mas de testes e improvisos de letra que o Paulo mudava na hora. O áudio desta versão é superior ao do dia do teste e menos chiado.
Estreia - 14/07/2021 - Youtube 00:00hs
A Hora de Dizer Adeus (Marco "Ackua" Calomino / Paulo de Tharso)
Por onde o amor passou deixou uma longa trilha de corações partidos
Onde os heróis também são os bandidos e todos saem feridos
A vida escreve peças de teatro.
No último ato cada macaco no seu galho.
Já é hora de dizer adeus. De cada um seguir na paz de Deus.
Eu vou levar aquelas velhas poesias, esvaziar o peito e a garrafa de whisky.
Eu sei que eu vou sentir saudades dos teus braços e vou levar as raivas feitas de cansaço.
Fico sozinho com o universo inteiro (com esse nó no peito **)
Escuto em silêncio o grito desse meu tormento
Já é hora de dizer adeus. De cada um seguir na paz de Deus.
Ficam pra trás as sensações inúteis, paixões violentas, amores intensos.
Todas as coisas que dizem eternamente. As orações escritas nas portas dos banheiros.
Eu sei a quem avia o infinito, eu sei a quem deseje o impossível.
Já é hora de dizer adeus. De cada um seguir na paz de Deus.
domingo, 27 de janeiro de 2019
Disponibilizados os audios do Zupo Live Sessions para download
Para levar para o carro, player, etc...
Enjoy. Aliás tem muito mais lá, de vários albuns. Só fuçar e baixar ou montar sua playlist à vonts.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Live Sessions Estudio 500 e Ao Vivo Sesc Belenzinho - Semanalmente
Além da própria divulgação do nosso trabalho, enquanto desenvolvemos nosso novo EP à ser gravado pela metade de 2017, esses videos são uma afirmação de que a música autoral brasuca continuará sempre viva enquanto nossos corações continuarem inquietos, inconformados, apaixonados e teimosos como eram no começo da estrada.
Ficaremos muito felizes e contamos com todo e qualquer apoio das pessoas que de alguma forma se emocionarem e gostarem do que vem por aí.
Cada compartilhamento e comentário é muito bem vindo. Que venha 2017 cheio de Rock brasileiro.
Banda: Xando Zupo - Guitarra - Marcião Gonçalves - Baixo - Ivan Scartezini - Bateria
Fernando Janson - Voz - Ricardo Alpendre - Voz
Acesse: YouTube / Facebook
Sequência de lançamentos até agora - 29 de 29
30/07 - Filme de Terror - Live Session Estúdio Quinhentos
25/07 - A Arma e a Flôr - Ao vivo Sesc Belenzinho
18/07 - Só - Live Session estudio 500
11/07 - Pra não Voltar - Ao vivo Sesc Belenzinho
04/07 - O Galo Já Cantou - Live Session estudio 500
27/06 - Furos nos Sapatos - Ao vivo Sesc Belenzinho
20/06 - Longe do Chão - Live Session estudio 500
13/06 - Mira - Ao vivo Sesc Belenzinho
06/06 - O Cego e a Guita - Live Session estudio 500
30/05 - Não Há Nenhuma Paz - Ao vivo Sesc Belenzinho
23/05 - Meu Destino - Live Session estudio 500
16/05 - Minha Cabeça - Ao vivo Sesc Belenzinho
09/05 - Madalena do Rock'n Roll - Live Session estudio 500
02/05 - Balacobaco - Ao vivo Sesc Belenzinho
25/04 - Queimarás no Inferno - Live Session estudio 500
18/04 - Filme de Terror - Ao vivo Sesc Belenzinho
11/04 - A Arma e a Flôr - Live Session estudio 500
04/04 - O Galo Já Cantou - Ao vivo Sesc Belenzinho
28/03 - Pra Não Voltar - Live Session estudio 500
21/03 - Longe do Chão - Ao vivo Sesc Belenzinho
14/03 - Furos nos Sapatos - Live Session estudio 500
07/03 - O Cego e a Guita - Ao vivo Sesc Belenzinho
28/02 - Mira - Live Session estudio 500
21/02 - Meu Destino + Só - Ao vivo Sesc Belenzinho
14/02 - Não Há Nenhuma Paz - Live Session estudio500
07/02 - Madalena do Rock'n Roll - Ao vivo Sesc Belenzinho
31/01 - Minha Cabeça - Live Session estudio500
24/01 - Queimarás no Inferno - Ao vivo Sesc Belenzinho
17/01 - Balacobaco - Live Session estudio 500
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Disponibilizada a entrevista para o Programa Distrito Brasil da Stay Rock Brazil WebRadio
Com apresentação de Renato Menez e colaboração de de Adilson Oliveira falamos sobre os quase trinta e cinco anos de Playar guitarra, gravar, compor, equipamentos, enfim...um monte de bate papo permeado com algumas das músicas gravadas durante esse tempo todo.
Foi um prazer falar com a Stay Rock Brazil, uma das Webradios mais descoladas do Rock Brasuca.
Quem quiser ouvir, está aqui no link. - https://www.mixcloud.com/renato-menez/programa-distrito-brasil-entrevista-xando-zupo/
Ou no Player abaixo
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Seguindo a estrada. The chase is better than the catch.
Queimarás no Inferno e Não há nenhuma paz são as primeiras faixas de uma nova paisagem dessa estrada.
Durante esse ano de 2016 muitas mais virão, com muitos convidados mais que especiais que participarão dessa festa, dessa etapa dessa estrada.
Esse é o foco. A estrada. The chase is better than the catch.
Fiquem antenados. Eu estarei por aí.
Gde abraço
Download MP3 - https://soundcloud.com/xandozupo1/tracks
Você pode se interessar também por - Live Sessions Estúdio 500
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Cd e Dvd DNA Elétrico! Vol 1 Guitar Player
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Quem é esse Xando Zupo?
Em 1983 aos 15 anos integrou a banda Curto Circuito tocando em pubs da noite paulistana dos anos 80 como Rainbow bar, Café Persona, Black Jack, Yes Brazil, Woodstock, Vitória Pub e em escolas públicas onde o Curto Circuito alugava seu P.A. para eventos como festas e festivais.
O Curto Circuito se manteve ativo por 4 anos.
Em outubro de 1986, Zupo ingressa o Harppia assumindo junto à Flávio Gutok as guitarras no lugar de Helcio Aguirra e Marcos Patriota. A banda desenvolvia material para seu segundo LP e durante o ano de 1987 fazia uma grande tour pelos teatros municipais.
Foram 15 shows em 3 semanas nos teatros Arthur Azevedo, Paulo Eiró e Martins Pena e um extra na Led Slay encerrando a tour.
Em 1991, Zupo ingressa o Patrulha do Espaço e grava o álbum "Primus Inter Pares" lançado em 1994 pela Aqualung Records em LP e relançado em CD nos anos 2000 nos dossiês que contam a história da banda.
Em 1996 Zupo desenvolvia trabalho com o Big Balls, banda que formou em 1988 e caminhava paralelamente às outras, contratados pela Continental/East West lançam seu primeiro álbum, seguido de clips e participações em várias emissoras como Tv Cultura, Mtv, Multishow, Sbt, Radios e shows pelo país.
Em 2003 produz e grava o primeiro álbum solo, lançado apenas na internet, Zupo & Z Sides (I Got My Own World To Live) com a participação de vários convidados especiais. O álbum atinge 3.500 downloads. Uma ótima marca para tempos de internet discada.
Em 2004 Zupo se dedica à construção do Overdrive Studio e aos primeiros alicerces do que seria o Pedra.
Pedra foi formado em 2004 e produziu 3 álbuns até 2015, Pedra (2006), Pedra II (2008) e Fuzuê! (2015), fez shows pelo país em Sescs, festivais, teatros, casas noturnas, produziu vários video clips, videos ao vivo, shows em radio, entrevistas e acaba de hibernar.
Em 2016 Zupo inicia seu novo projeto.
Queimarás no Inferno e Não há nenhuma paz foram dois singles inéditos lançados em em 20 de janeiro de 2016.
O novo show comemorando 35 anos de estrada estreou no Sesc Belenzinho em novembro e em dezembro Zupo produziu no estudio 500 um live session comemorativo relendo ao vivo várias faixas dessa estrada e os novos singles.
Os videos desse live session e do Sesc Belenzinho foram publicados semanalmente à partir de janeiro de 2017.
Estamos agora em maio de 2022 no mundo pandêmico e polarizado e novas músicas sendo compostas e produzidas. Zupo entra em estúdio nos próximos 20 dias para um novo registro com nova formação. Esse texto e capítulos estão sempre em constante atualização.
O melhor parece vir agora já que "Fazem 40 anos que a ideia sempre é gravar o próximo disco e fazer o próximo show" .
Banda Atual: Xando Zupo - Guitarra - Ricardo Alpendre - Voz - Renato Panda - Baixo - Ivan Scartezini - Bateria
Download de faixas e albuns - https://soundcloud.com/xandozupo1/tracks
Live Sessions estudio 500 e ao vivo Sesc Belenzinho 2017 - Playlist atualizado semanalmente por 30 semanas desde 17/01/2017
Harppia 1987
Patrulha do Espaço
Primus Inter Pares
LP - Gravado em 1992
Lançado em 1994
CD - Big Balls - 1996
Zupo & Z Sides
Lançado na Net : 2003
CD Pedra - 2006
CD + História em quadrinhos
Pedra II - 2008
Xando Zupo - 2016
Zupo Live Sessions - 2016 -
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Harppia on tour 1987
Teatros
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Datas
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Horário
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Bairro
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Arthur Azevedo
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04 à 08/03/1987
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20:00 horas
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Moóca
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Paulo Eiró
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11 à 15/03/1987
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20:00 horas
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Santo Amaro
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Martins Penna
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18 à 22/03/1987
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20:00 horas
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Penha
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Programação
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Bandas
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Quarta-feira
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Ozone & Harppia
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Quinta-feira
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Santa Gang & Harppia
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Sexta-feira
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Vodu & Harppia
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Sábado
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Viper & Harppia
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Domingo
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Spectrus & Harppia
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Produção
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Celso Barbieri
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Datas copiadas do site do Celso Barbieri. Mais informações e relatos sobre a tour no link:
Harppia on Tour - Barbieri Memórias do Rock
Percy Weiss - Vocal, Flavio Gutok - Guitarra, Xando Zupo - Guitarra, Claudio Cruz - Baixo, Tibério Corrêa - Bateria.
A história desses shows do Harppia já foi muito bem contada pelo produtor e idealizador da tour Celso Barbieri no site dele "Harppia on tour 87" , visitem.
Da minha parte tenho a dizer que estive no Harppia por 2 vezes em um curto período de tempo. Quando entrei eu tinha 18 anos, entre outubro de 86 a maio ou junho de 87 e novamente durante 88 a 89, não lembro os meses exatamente.
Eu tocava no Curto Circuito e fazíamos shows pela noite paulistana com muita frequência, vários deles no Rainbow bar, onde o Harppia se apresentava às vezes.
Lembro de em uma passagem de som deles o Flavio Gutok me pedir para tocar enquanto ele checava o som e soube que ele se lembrou disso quando precisaram de um novo guitarrista. A gente nunca sabe onde, quando e como a oportunidade baterá à nossa porta.

Foi uma época bem legal e os shows eram bem cheios, até porque para fazer uma tour dessas dentro da mesma cidade, tem de ter público para assistir.
Agradeço a oportunidade de ter tocado com esses caras e ter feito parte de um pouco da história da banda durante esse período de grande produtividade. Foram os primeiros caras com senso realmente profissional que toquei na vida e, apesar de termos pego estradas diferentes desde então, eu aprendi muito com eles e sem dúvida esse foi um dos trabalhos que levaram ao convite do Rolando Castello Jr para minha entrada na Patrulha do Espaço, mas essa história fica para outro post.
Acima, em 1989 no teatro Mambembe em outra formação contando com Robson Goulart nos vocais.
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domingo, 14 de novembro de 2010
Xando Zupo & Z Sides - I Got My Own World To Live - 2003
"Do fundão do coração pra vc, hein bicho ! E vai fundo com a vida, tá?!"....
Tive meu primeiro contato com um gravador multi pistas em 1988 gravando uma demo no estúdio Manhattan em São Paulo, era uma Tacam Rolo de 8 canais, comprei meu primeiro Tascam Porta 4 (k7) em 1992 e um 8 canais em 1998 mas a qualidade que conseguíamos não era suficiente para tentarmos tocar em rádio ou conseguir algo mais que algumas dezenas de ouvintes que recebiam as demos.
Após a parada do Big Balls em 1997 quando ficamos sem gravadora eu voltei a tocar na noite e levou algum tempo até ter forças e inspiração para montar uma nova banda autoral mas em 2001 comprei um Korg D1600 digital de 16 canais e 8 inputs simultâneos, e a ordem era "Vamos fazer essa porra funcionar".
Bem, como "técnico de gravação" eu tinha gravado um zilhão de demos em 4 e 8 canais nos Tascam K7 e fiquei colado nos técnicos do Mosh e do Cameratti durante as quase 500 hs de trabalho nos albuns do Big Balls e Patrulha do Espaço respectivamente onde conheci o grande brother Renato Carneiro, meu mestre em gravação e que agradeço aqui pela generosidade em dividir seus conhecimentos, mas até então as gravações que eu havia produzido eram as demos das minhas bandas nos Tascam de 4 e 8 e com microfones Q.M.V. (qualquer merda vai).
Então estávamos assim...
- Gravador? ok.
- Técnico? Opa, vamos nessa.
- Repertório? Ih ! Não tem.
- Banda? Ih ! Não tem.
O lance era chamar uns brothers e gravar alguns temas antigos, algumas releituras e algumas poucas idéias em que eu estava trabalhando. E que Brothers!
Rolando Castello Jr, Rodrigo Hid, Luiz Domingues, Marcello Schevano (Patrulha do Espaço), Paulo Zinner, Fabio Ribeiro, Marco Ackua Calomino, Marcelo Mancha, Zé Luiz Rapolli, Abel Marques, Fabio Mulan, Renato Panda.
Havia o problema também de que eu dispunha do gravador mas não do estúdio para captar o audio da batera e voz, já que o resto foi gravado com amplis no quarto da minha casa. Armei um esquema no estúdio do amigo Renato Panda e Fabio Ribeiro. Alugava para ensaio, levava minha máquina e capturava a bateria, voltava para casa e gravava guitarras, baixos e teclados, voltava ao estudio para capturar a voz e voltava pra casa para mixar.
Quanto às músicas. Eu tinha algumas músicas com o Marco Ackua, vocalista com o qual compus e toquei em várias bandas, escolhemos duas delas que eram originalmente em inglês e talvez por esse fato segui gravando o album em inglês até um certo ponto em que devo ter recobrado o juízo pois nunca fui a fim de escrever em inglês, mesmo que já o tenha feito em poucos momentos da estrada. Sendo assim gravei as faixas "Down on the ring" e "Be my woman" que eram parcerias com o Ackua de alguns anos antes nas demos do Big Balls mas que haviam sido gravadas muito porcamente em 4 canais, as novas faixas "I Got My Own (World to Live)" e "Jimmy Burned Arms" e mais 2 faixas que não tinham letra ainda e vieram a ser "Livre como você",( a qual terminei como uma homenagem à minha mãe que faleceu naquele ano e teve sua voz incluída no final da música onde diz "Do fundão do coração pra vc, hein bicho ! E vai fundo com a vida, tá?!", esse trecho foi retirado de uma fita com crônicas que ela gravou no começo dos anos 80 e não era uma despedida pela sua passagem mas foi incluída na faixa eternizando sua mensagem e voz); e "Ficando Louco", e era isso. Não dava um cd e apesar de eu já disponibilizar as músicas no meu antigo site desde os ensaios em 2001, naquele momento ainda se pensava sempre em um cd cheio de 13 a 15 músicas. O lance era aproveitar e gravar coisas que eu gostaria de tocar e aí vieram as releituras e covers.
O que seria um álbum acabou sendo um prenúncio do que a internet é, distribuição digital. Z Sides nunca foi prensado, apenas algumas cópias físicas que foram enviadas a alguns veículos de imprensa Rock na época mas para o patamar de velocidade e downloads de internet alcançou em 2003 algo em torno de 3.500 downloads gratuitos, o que para os meus padrões na época pode ser classificado como, "sensacional" hahaha. Agradeço muito a todos que o ouviram na época e aos que acompanham meu trabalho até hoje.
Foi um grande barato gravar com tanta gente, uma vibe muito legal e um grande estímulo a voltar a produzir música, o que acabou desencadeando no Pedra e no Overdrive Studio de onde escrevo essas linhas hoje.
Xando Zupo Z Sides - I Got My Own (World to live)
http://www.xandozupo.com.br/
Referente ao post : http://www.xandozupo.com.br/2010/11/velhas-cancoes-pte-2.html
Rolando Castello Jr, Rodrigo Hid, Luiz Domingues, Marcello Schevano (Patrulha do Espaço), Paulo Zinner, Fabio Ribeiro, Marco Ackua Calomino, Marcelo Mancha, Zé Luiz Rapolli, Abel Marques, Fabio Mulan, Renato Panda.
Xando Zupo Z Sides - I Got My Own (World to live)
1 - Livre como vc - (Partcipação da Patrulha do Espaço) Xando Zupo(Guitarra), Rodrigo Hid (Voz e Teclados), Marcello Schevano(Guitarra), Luiz Domingues(Baixo) e Rolando Castello Jr. (Bateria)
2 - Ficando Louco - Xando Zupo (Guitarras), Rodrigo Hid (Voz e Teclados), Renato Panda Gonçalves (Baixo), Zé Luiz Rapolli (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=6m40s
3 - I Got My Own (World to live) - Xando Zupo (Guitarras), Marcelo Mancha (Voz), Rodrigo Hid (hammond), Fabio Mulan (Baixo), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=12m5s
4 - Jimmy Burned Arms - Xando Zupo (Guitarras e baixo), Marcelo Mancha (Voz), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=16m30s
5 - Be my woman - Xando Zupo (Guitarras), Ackua (Voz), Rodrigo Hid (Fender Rhodes), Renato Panda Gonçalves (Baixo), Zé Luiz Rapolli (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=19m29s
6 - Out Of The Ring - Xando Zupo (Guitarras), Ackua (Voz), Renato Panda Gonçalves (Baixo), Zé Luiz Rapolli (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=25m15s
7 - Sick Again (Led Zepp) - Xando Zupo (Guitarras), Marcelo Mancha (Voz), Fabio Mulan (Baixo), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=30m35s
8 - Addam's Apple (Aerosmith) - Xando Zupo (Guitarras), Ackua (Voz), Renato Panda Gonçalves (Baixo), Zé Luiz Rapolli(Bateria). - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=35m41s
9 - Must be love (James Gang) - (Participação da Patrulha do Espaço) Xando Zupo(Guitarra), Marcelo Mancha (Voz), Rodrigo Hid (Teclados), Marcello Schevano(Guitarra), Luiz Domingues(Baixo) e Rolando Castello Jr. (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=40m9s
10 - Letting go (U.F.O) - Xando Zupo (Guitarras), Marcelo Mancha (Voz), Fabio Mulan (Baixo), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=44m35s
11 - The Rocker (Thin Lizzy) - Xando Zupo (Guitarras), Marcelo Mancha (Voz), Fabio Mulan (Baixo), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=48m27s
12 - 16 Century Greensleeves - Xando Zupo (Guitarras), Marcelo Mancha (Voz), Fabio Ribeiro (Teclados), Fabio Mulan (Baixo), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=51m45s
13 - I Want You (Green Bullfrog) - Xando Zupo (Guitarras e baixo), Paulo Zinner (Bateria), Marcelo Mancha (Voz). - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=57m24s
14 - Mean Street (Van Halen) - Xando Zupo (Guitarras), Ackua (Voz), Renato Panda Gonçalves (Baixo), Zé Luiz Rapolli (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=1h15s
15 - Smooth Dancer - Xando Zupo (Guitarras), Ackua (Voz), Fabio Mulan (Baixo), Abel Marques (Bateria) - http://youtu.be/hUCVU5xtf9o?t=1h6m31s